quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma Aventura na Beira Alta...

Vou-vos contar uma história que faz parte de um Verão fofo!
(Já fazia falta, para honrar os camaradas de Luta)

O inicio...
Encontrava-se um grupo de amigos num bar em Vila Franca de Xira, no limiar da tristeza, a beber para esquecer o pior dos "Colete Encarnado" de que há memória quando o futuro
surfista "Jota" fez a pergunta de quem era suficientemente duro para ir com ele a Aveiro buscar uma prancha de surf. Neste preciso momento "Dê" responde que estaria disponível para essa árdua etapa e nesse preciso momento afirma que nesse sábado iria a Mêda, essa "conhecidíssima" vila da Beira Alta e sede de concelho, a banda de um amigo da faculdade. Bom, nisto tudo, "Jota" pensa porque não?! Mesmo não sabendo onde ficava Mêda! Um simples "erro" que se viría a tornar num "erro" histórico...
Após dormirem uma horita e pouco (pensam vocês mas como?!, digo-vos eu, meus amigos estavam no auge da bravaria, atenção!), "Jota" e Dê" lá foram os dois direitinhos a Aveiro. Chegaram, fizeram o negócio da prancha, foram à praia descansar um bocadinho, pois, ainda estavam um pouco ressacados da noite.
Um pouco na onda do "depois da tempestade vem a bonança", neste caso, "depois do descanso chegou a bravaria total"!!!

A viagem...
Nem tudo foram
rosas, o caminho Aveiro-Mêda foi extremamente doloroso, foi subir serras, descer serras, penso até que lhes passou pela cabeça desistir, mas, como bons duros que são, aguentaram-se sem chorar e lá se meteram ao caminho com vista ao destino final, não sem antes se enganarem umas 5 vezes, desde andarem às voltas e chegarem a estar a 5 km's da fronteira com Espanha, passarem 4 vezes pelos mesmos viadutos, etc. Tudo isto graças às fantásticas dicas de caminho que os camaradas do terreno lhes iam fornecendo. Mas o momento alto da viagem foi quando na Guarda apanham um janado sentado na rotunda com a bicicleta ao lado, param o carro e tem a infelicidade de lhe perguntar onde fica Mêda, bom o Sr. Janado vira-se e diz: "-Epá, cortam nesta saida, andam um bocado, depois curvam à direita andam mais um bocado e estão lá". Simples, não é? AHHahaha! Que tristeza... Após andarem p'rai 10 km's, seguindo as dicas do Sr., e quando pensavam em voltar para trás por pensarem ter-se enganado ao seguir as indicações encontram a fantástica placa a dizer Mêda 40 km's!
Aqui entre nós, já fos-te ao fim do mundo?! Para que saibas, "Jota" e "Dê" já lá estiveram.
Chegaram a Mêdaaaaa, éééé festaaa!

Uma nova civilização...
Chegaram estoirados, mas chegaram, e logo ao bar (bares, cafés, tascas, tem uma relação próxima com a bravaria) onde iria ser o concerto onde se encontrava grande parte dos camaradas da faculdade de "Dê" que se tinham deslocado a Mêda, bar este que pertence ao tio de outro camarada da faculdade de "Dê" que organizou o concerto. Como tinham suado durante toda a viagem que nem uns cavalos "Dê" tem a brilhante ideia (e era mesmo, nao fosse...) de perguntar como se vai para o rio-ribeira-piscina mais próximos, pois está claro, para um belo de um banhito à duro, ao qual respondeu um gajo novo e já com os copos: "-Venham atrás de mim que eu vou para lá.". E foram, só que depois de terem feito quase 500 km's num dia, não pensaram que o riacho mais próximo ficava a 20 km's e que o gajo que ia servir de batedor ia bebado a abrir por estradinhas de merda. Hoje "Jota" e "Dê" compreendem a atitude do jovem, não há mesmo muita coisa para fazer em Mêda e arredores. Chegando ao riacho de água estagnada, verde, quente, com muitos girinos, rãs, lagostins e lôdo ganharam forte coragem e deram um mergulho, só para não parecer mal, pois, o jovem bebado tinha arriscado a vida na condução para os levar ao "belo do sitio". Sitio este que era a sede de Verão da bravaria lá da zona, e onde esta se encontrava em fim-de-semana de campo. O cenário era realmente catastrófico, montes de granadas de mão (também há quem lhe chame mini's) empilhadas e estilhaçadas, pizzas feitas em tabuleiros rectangulares que possivelmente serviram para cozinhar para a tropa na guerra do Ultramar, mas o ponto alto, a jóia da corôa foi uma grade de mini's no rio a "refrescar", ora como referi anteriormente, o riacho estava quente por isso as mini's estavam "frescas" a uma temperatura de 25ºC. Como estávam reféns dos beiras-australopithecus lá da zona, foram de certa maneira obrigados a comer e a beber à força, sob a pena de levarem nos cornos, é mesmo este o termo certo. (Nota: beiras-australopithecus, seres humanos que têm 20 e tal anos, mas que possúem uma aparência de 40 e muitos).

A mãe do outro...
Fugindo a sete pés daquele sitio inóspito (não havia luz artificial e os telemóveis não tinham rede) e regressando a Mêda, "Jota" e "Dê" encontram-se com "agá(h)", camarada de faculdade de "Dê" responsável por organizar o concerto, natural da zona e sobrinho do dono do bar. Ora, "agá(h)" com "h" pequeno, depois de prometer dormida, banho e roupa lavada no seu humilde casório, deu o dito por não dito e diz que "Dê" e "Jota" já só tem direito a um banho (dormida e roupa lavada foram riscadas) porque a Srª Sua Mãe que estava à porta de casa, armada em... p_ _ _ a com uma G3 nos braços, não queria lá mais ninguém. Vale a pena referir que, no tempo que foram tomar banho, "Dê" e "Jota" tiveram a Srª Mãe de "agá(h)" a controlar todos os movimentos, e irritados com este facto passou pelas suas mentes fazerem umas maldades aos seus algodões de rosto... bom é melhor passar à frente.
Da banhoca pró jantar foi um saltinho, lá no tasco da zona, onde o mau feitio de "Dê" e "Jota" foi demonstrado, pois comportaram-se como dois autenticos tasquenses, sempre a falar alto, a pedir a uma ponta da mesa para passar garrafas de vinho, dicas pró ar, enfim uma série de acontecimentos que em nada orgulhariam Paula Bobone e neste caso a Srª Mãe de "agá(h)".

A primeira multa da GNR de Mêda em toda a sua história...
Depois do jantar "Jota" e "Dê" dirigiam-se para o bar, não sem antes passar pelo multibanco para restabelecer as carteiras para uma noite que se queria de copos. O Corolla'bar (carro de "Jota") com uma lotação máxima de 2 lugares, passou num abrir e fechar de olhos para 4 (bubadeiras!!!), e quando fazia o trajecto multibanco-bar é mandado parar pela GNR local e multado por levar passageiros a mais. Acabou por ter piada porque os Srs guardas até foram porreiros, porque não nos mandaram fazer o teste de alcoolémia, e ai sim estávamos tds fudidos, e ainda nos perdoaram uma das multas de excesso de de passageiros. Autênticos amadores aqueles GNR's, mas de qualquer das maneiras, "Jota" e " Dê" agradecem! No entanto após esta situação "Dê" eclipsou-se, ficou nervoso e já não voltou a ser o mesmo durante o resto do fim-de-semana.

A chegada dos reforços e o momento de persuasão...
Quando ainda estávam a ressacar do filme policial, aparecem os reforços da bravaria, e nada mais nada menos que "Jô" (a minina de "Dê"), "éN" e "éF". Digamos que foi o injectar de sangue novo, naquele que tinha ficado infectado de tarde pela comida e bebida oferecidas pelos beiras-australopithecus. Beijinhos e abraços é chegaram... e vai tudo pró bar. O propósito que tinha sido ir ver a banda do camarada de "Dê" ficou em segundo plano, tendo a bravaria ficado mais entretida a enjorcar álcool para aquecer os motores. No meio da copofonia aparece um dos beiras-australopithecus, este era o mestre da persuasão lá da tribo, pois, beiras-australopithecus persuadoris tenta persuadir a malta da bravaria a ir beber uns copos para o acampamento da sua tribo com a seguinte história: "-Ah e tal, as raparigas que o "agá(h)" na noite anterior trouxe para passarem a noite gostaram bué da cena."
Pura mentira, o que beiras-australopithecus persuadoris não sabia era que estas já tinham informado "Dê" e "Jota" que tinham passado a maior noite de terror das suas vidas. "Dê" e "Jota" também eles aterrorizados com o que viram de tarde, espalham o medo pelos 3 recém chegados camaradas de luta e com isto, momentaneamente retiram essa possibilidade, mas, o bar encerra, os motores ficaram mais do que quentes e a GNR mandou dispersar. Encurralados, e sem a possibilidade de de dormir numa cama ou pelo menos debaixo de um tecto a unica solução era recorrer à tribo de beiras-australopithecus para que a noite não acabasse mais cedo que o previsto. Acabando mesmo para "Dê", profundamente desmoralizdo, e para a sua minina "Jô" os quais ficaram incomodamente a dormir no grandioso Corolla'bar.

Momentos de terror...
Neste momento e com a equipa reduzida a 3 ("éN", "éF" e "Jota") decidem corajosamente fazer-se ao caminho, corajosamente porque só "Jota" o tinha feito e de tarde, e neste momento já se encontrava diminuido no seu raciocinio e memória, mas não desistindo os três guerreiros foram em busca de tão engraçados seres humanos primitivos que ali descobriram. Chegados ao acampamento da tribo, veêm uma fogueira gigante onde primeiramente pensaram que aqueles seres estariam a sacrificar outros seres, e pensaram recuar, mas levados pelo álcool e pela curiosidade foram espreitar e acabam por ser descobertos e convidados a juntar-se ao beberete. Começando por ninguém poder ter o copo vazio, derramar o liquido, fazer que bebe, ou... não beber cerveja enquanto se conduz mas sim beber vinho (os 3 guerreiros não perceberam a diferença, mas segundo um beiras-australopithecus ela parece existir) foi copo atrás de copo... e ver aquele cenário degradar-se mais e mais com o nível de mini's estilhaçadas do nosso tamanho, acabando com quem adormecesse a ser vandalizado com o liquido de uma mini dentro das calças, ou o nível de bubadeira ser tanto que deu ao ponto de entrarem dentro do riacho num barco insuflável para crianças de entre os 3 e os 5 anos, ou então levar uma seca do beiras-australopithecus persuadoris que bebado se torna igualmente num beiras-australopithecus guiadoris (trocando por miudos, num guia), pois, fez-nos crer que um sitio inóspito onde não se tem muito para ver é muito bonito, isto e muito mais. Não dá para contar tudo, pois a história ia ficar muita grande (Lolll).

Sr Ribeiro e a roulotte da estrada 66...
Fortemente cansados fisica e psicológicamente, e com fome muita fome, fizeram-se à estrada na esperança de abraçarem os outros 2 camaradas que tinham ficado no Corolla'bar. A meio da viagem deram com uma fantástica visão, a qual pensaram ser uma miragem, nada mais nada menos que uma roulotte. Esfomeados, pensaram: "-Vamos comer cachorros, bifanas, hamburgueres...". O caralho... a roulotte só tinhas sandes e de queijo da zona, torresmos, presunto e p'ra beber vinho do pacote igual ao que beberam em outras 2 ocasiões diferentes, parece que a adega cooperativa onde ele é produzido factura muito ali para aqueles lados!! Com isto tudo, fome é fome, e lá tiveram que papar umas sandes de presunto, queijo e beber do belo vinho, isto mantendo uma animada conversa com o Sr Ribeiro, o dono da roulotte, sobre o impacto da barragem naquela região caso fosse construida, ou que a serra por de trás da roulotte parecia uma imagem do Afeganistão! Pela conversa ainda deu p'ra verem um fantasma velhote (já deve andar há muito por aquelas bandas, ou vai na volta é como os beiras-australopithecus e parecia ter 80 anos mas afinal tem 40) que chegou não sabem bem de onde, bebeu vinho e foi-se embora. Não esquecendo o pequenito cão que "éN" e "Jota" aproveitaram para dar uns toques, como se de uma bola se tratasse!

Marialva terra de boa gente e de Jáfudias...
Com a barriga cheia, e a cabeça também (de álcool), os 3 amigos fizeram-se à estrada na esperança de ser agora que iam conseguir alcançar os 2 companheiros que tinham ficado para trás. Pois, mas ainda não era desta, pelo caminho ainda encontraram uma vaca e tentaram dar-lhe de comer, sem sucesso. Continuam no seu trajecto glorioso e veêm um belo castelo no alto de uma montanha, o álcool mais uma vez fala alto e de certa maneira em transe profundo, são levados até esse mesmo castelo. Chegando ao castelo, os 3 companheiros bebeados, optam pelo maior grau de dificuldade, subir a muralha por uma figueira, e conseguiram, mas também podiam ter caído e morrido! Tudo correu bem...
Dentro do castelo, exploraram exploraram exploraram... e apedrejaram um sino, sino esse que despertara a aldeira até então adormecida, talvez desde o ano 1950! Os 3 amigos, já contentes com a voltinha no castelo e com o seu acto de rebeldia, decidem que está na hora de ir embora, desta vez, pela porta do castelo que até estava aberta. Estão a chegar ao carro, de t-shirts na cabeça e em tronco nú, quando são abordados por um Senhor, o grande Sr António que lhes pergunta se tinham sido eles que tinham tocado o sino, pergunta a qual eles respondem que sim, tinham realmente sido eles (neste momento estavam com medo, que todos os espiritos de Marialva acordassem para lhes fazer a folha). Após confirmarem a sua atitude o Sr António vira-se e diz: "-O sino não tocava à mais de 50 anos". "éF", "éN" e "Jota" acabavam de descobrir que fizeram história ao tocar o sino, o qual 5 mnts mais tarde descobririam que não era aquele mas sim o mega sino da torre que esse sim não tocava à mais de 50 anos. Entra em cena a personagem da aldeia o Sr Jáfudias, o rufia lá do bairro, e lá ficou pra tar atrofiar. Num inigualável respeito, humildade e simpatia perguntam ao Sr António e Dona Olinda (bonitos olhos) se ficariam contentes se eles o tocassem, eles com alguma relutância e fortemente emocionados respodem que sim, e esse sim para os 3 companheiros tornou-se numa ordem, num objectivo maior, o qual estava mais que destinado terem que ser eles a cumprir. Então às 10h em ponto 10 pedras voaram contra o dito sino, pois era realmente perigoso alcançarem-no de perto. Contentes mas não totalmente satisfeitos, dizem que gostaram muito mas que o sino tinha mais "poder" sonoro! Dado isto, como era malta dura e de não baixar os braços, decidem que às 11h em ponto lá voltariam para tocar o sino de perto, pedem um utensílio que possibilitasse libertar o poderoso som do sino, o qual o Sr Jáfudias, muito mais calmo, pois começara a reparar que era tudo jovens de bem, decide ir buscar uma marreta a casa. "Jota" pega na marreta, mete no bolso de trás das calças, e toca de escalar a torre até ao sino, colocando seriamente em perigo a sua integridade fisica, mas com o sentido de dever bem presente na sua cabeça, o de dar uma das ultimas maiores felicidades que aquele povo que grande parte da vida ali viveu merecia. E assim foi às 11h em ponto 11 fortes marteladas soaram e todos os espiritos de Marialva foram libertados! Chegando mesmo o Sr Jáfudias, o rufião, a dizer que lhe teriam telefonado de Almeida, vila que fica à distância de 50 km's, a perguntar o que se tinha ali passado porque alguém teria ouvido em Almeida o som do sino. Comoveram-se as 3 simpáticas pessoas que tão bem os acolheram, e lhes deram umas poucas horas de puro prazer, contando histórias da vida, oferecendo vinho (mt vinho mesmo), etc dando uma alegria enorme aos 3 amigos ao terem demonstrado que tiveram grande prazer na companhia de 3 jovens alcoolizados. Contentes e tristes ao mesmo tempo, "éF", "éN" e "Jota" foram-se embora, com juras de um dia voltar para reencontrar tão preciosas pessoas.

O fim, foi com o PES à mistura e o xuning Mê(r)dense...
Chegando à vila de Mê(r)da completamente rebentados, mas com um nivel de dureza nunca antes visto, "poisaram" numa tasca em que viram o maior duro do tuning Mê(r)dense em pura exibição para os 3 rapazolas forasteiros que ele vira pela primeira vez em toda a sua vida. Depois disto ainda conseguem chegar ao bar e pedir copos de vinho, que pela 4 vez era do mesmo pacote, e metem-se a jogar PES numa máquina em que se metia a moedinha... ACABOU! Acabou... para o "Jota", mas "éN" e "éF" conseguem, num sacrificio maior que ir a pé a Fátima 10 vezes sem parar, aguentar-se e chegar a Alverca... mais uma vez, sem chorar!



Um de muitas...

2 comentários:

Deixem jogar o Mantorras disse...

Isto é que é vida

Anónimo disse...

ESTOU COMOVIDO

ATÉ EU JA TOQUEI O SINO AKI EM KASA DE TANTO CHORAMINGAR!!

AHHHHHHHH VALENTIA!!!

PARA A PROXIMA LEVA PARA QUEDAS......OU UM COL~XÃO D´AGUA....



25 DE ABRIL


sempre!!!