sexta-feira, 7 de março de 2008

Manuel Maria Barbosa du Bocage

Temo que a minha ausência e desventura

Temo que a minha ausência e desventura
Vão na tua alma, docemente acesa,
Apoucando os excessos da firmeza,
Rebatendo os assaltos da ternura.

Temo que a tua singular candura
Leve o Tempo, fugaz, nas asas presa,
Que é quase sempre o vício da beleza
Génio mudável, condição perjura.

Temo; e se o mau fado, fado inimigo,
Confirmar impiamente este receio.
Espectro perseguidor que anda comigo,
Com rosto alguma vez de mágoa cheio,recorda-te de mim, dize contigo:

«Era fiel, amava-me e deixei-o»
.

Bonito este Du Bocage, um verdadeiro talento!

E para pararem de chorar aqui vai... ehEH
(Aproveita e descobre a mensagem escondida na musica) =P

P.S.: Leiam atentamente o aviso feito no inicio da musica, a gerência não se responsabiliza por um qualquer ataque...

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